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Nova carteira única de identidade começa a ser emitida em outubro
do Gizmodo Brasil de Felipe Ventura
36 pessoas gostaram disto
Não seria uma ótima ideia ter um só documento que servisse como RG, CPF, carteira de habilitação, título de eleitor e carteira de trabalho? O Brasil quer implementar o RIC (Registro de Identidade Civil) desde janeiro de 2009, mas parece que agora vai: o novo documento será emitido em alguns estados a partir de outubro, e em até dez anos todo mundo terá um. Só que tem gente preocupada com o RIC.
O RIC é diferente do RG não só por reunir vários documentos em um só, mas por unificar a numeração e a emissão da carteira de identidade, que agora será um cartão com chip.
A substituição da pletora de documentos que levamos na carteira pelo RIC será feita aos poucos, começando com um projeto piloto em um estado de cada região brasileira — os estados a receberem o RIC primeiro ainda serão para serem definidos. Em dez anos, cerca de 150 milhões de brasileiros devem ter o novo documento. Enquanto isso, tanto o RG como o RIC serão aceitos.
Menos papeis e comprovantes para guardar (coisas que só usamos ao tirar um passaporte) parece ótimo. Mas há gente que não gosta da ideia. A Sandra Carvalho da Exame, por exemplo, está receosa com o novo documento: para ela, o motivo principal de criar um registro único é combater a criminalidade — hoje, é possível ter uma ficha criminal enorme em um estado, associada a um RG, depois chegar em outro estado com a ficha limpa. Ora, se este é o caso, para que enfiar, por exemplo, o título de eleitor nesse documento? Para o governo ter um "banco de dados que daria orgulho a qualquer big brother", se pergunta a colunista. Para a Sandra, o RIC seria um avanço na segurança, mas um retrocesso na privacidade.
A meu ver, a grande ideia do RIC não está no combate à criminalidade: está na conveniência. Faz todo o sentido reunir nossos diferentes documentos de identificação em um só lugar. Além disso, não vejo como isso pode afetar nossa privacidade: o governo já sabe quantos pontos você tem na CNH ou se você votou na última eleição — a diferença é que agora haverá um só cadastro, em vez de vários bancos de dados separados. A gente tem é que se preocupar quando o governo começar a implantar microchips na gente, como fazem hoje com animais! [Folha via Exame]
Nova carteira única de identidade começa a ser emitida em outubro
do Gizmodo Brasil de Felipe Ventura
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Não seria uma ótima ideia ter um só documento que servisse como RG, CPF, carteira de habilitação, título de eleitor e carteira de trabalho? O Brasil quer implementar o RIC (Registro de Identidade Civil) desde janeiro de 2009, mas parece que agora vai: o novo documento será emitido em alguns estados a partir de outubro, e em até dez anos todo mundo terá um. Só que tem gente preocupada com o RIC.
O RIC é diferente do RG não só por reunir vários documentos em um só, mas por unificar a numeração e a emissão da carteira de identidade, que agora será um cartão com chip.
A substituição da pletora de documentos que levamos na carteira pelo RIC será feita aos poucos, começando com um projeto piloto em um estado de cada região brasileira — os estados a receberem o RIC primeiro ainda serão para serem definidos. Em dez anos, cerca de 150 milhões de brasileiros devem ter o novo documento. Enquanto isso, tanto o RG como o RIC serão aceitos.
Menos papeis e comprovantes para guardar (coisas que só usamos ao tirar um passaporte) parece ótimo. Mas há gente que não gosta da ideia. A Sandra Carvalho da Exame, por exemplo, está receosa com o novo documento: para ela, o motivo principal de criar um registro único é combater a criminalidade — hoje, é possível ter uma ficha criminal enorme em um estado, associada a um RG, depois chegar em outro estado com a ficha limpa. Ora, se este é o caso, para que enfiar, por exemplo, o título de eleitor nesse documento? Para o governo ter um "banco de dados que daria orgulho a qualquer big brother", se pergunta a colunista. Para a Sandra, o RIC seria um avanço na segurança, mas um retrocesso na privacidade.
A meu ver, a grande ideia do RIC não está no combate à criminalidade: está na conveniência. Faz todo o sentido reunir nossos diferentes documentos de identificação em um só lugar. Além disso, não vejo como isso pode afetar nossa privacidade: o governo já sabe quantos pontos você tem na CNH ou se você votou na última eleição — a diferença é que agora haverá um só cadastro, em vez de vários bancos de dados separados. A gente tem é que se preocupar quando o governo começar a implantar microchips na gente, como fazem hoje com animais! [Folha via Exame]
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